quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Porque é Natal?


Gelava-te o frio no corpo e no sangue
Ao percorreres a cidade em busca de guarida,
De um arremedo de casa.
Longe vai o tempo em que tinhas um tecto de verdade,
Uma cama e uma mesa, um lar, uma família...
Agora, vagueias como um pária derrotado pela vida,
Buscando no lixo o que ninguém quer, erguendo a mão a uma esmola,
Ou roubando, para que não se te acabem os dias…
Não tens rumo nem caminho, mas é tua a cidade,
E todas as estrelas do céu que contemplas,
Quando contra o peito aconchegas o urso de peluche que te ficou do passado.

Fernando Barnabé


2 comentários:

  1. Tenho pena que assim seja, mas por vezes, falta nessas situacoes um desejo de mudanca...

    Um Santo Natal para ti, Fernando, juntamente com os que te sejam mais queridos. Luz e Paz.

    Aquele abraco

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  2. Tens razão, muitos perderam o amor por si próprios, a esperança e a fé numa vida melhor, talvez porque a vida em si foi madrasta demais, são tão variados os destinos de cada um de nós...mas nem sempre basta querermos mudar...existem factores, normalmente externos, que não podemos controlar e que nos condicionam os passos.

    Muita Paz e Harmonia para ti também!

    Forte abraço

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