quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Do medo


Um dia, quando o tempo quiser,
Vou rir dos meus medos.
Vou jogar à bola com a perda, a dor e a morte;
porque não?
Vou fintá-las com perícia e elevação.
Não mais perderei o sono,
o bater sincopado do coração.
A perda? É pura evolução…
A dor? Não me atingirá a alma…
Morrer? Lembrança breve do que fui,
alma à procura de outro corpo, de outra viagem.
Só terei medo que me levem as memórias:
que esqueça o meu nome, o verbo ser, o verbo estar,
o verbo AMAR...
Tudo o resto, são coisas fúteis e banais.

Fernando Barnabé

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