quarta-feira, 10 de março de 2010

À espera...



Se eu pudesse apagar de uma assentada
As feridas profundas do viver
Sentiria a alma iluminada
E esta dor que trago esmorecer

Mas não fui eu que escolhi esta jornada
Alguém a fez por mim acontecer
E se alguma vez pensei que a dominava
Outra vontade se impunha ao meu querer

Olha p´ra mim oh ser supremo!
Tu que és sal, és sol e vil veneno
E dá-me um só sinal; subtil, fugaz

De que no jogo do deve e do haver
Eu possa nesta vida entrever
Que o saldo que me resta é luz, é paz!

Fernando Barnabé

5 comentários:

  1. Boa noite!

    Ha pouco tinha visto isto a dobrar, por isso fui-me embora e esperei que te acalmasses :-)

    Pergunta: O senhor nao recebeu por acaso um email aqui do careca?

    Se nao recebeu e ainda tem por ai o meu contacto por favor apite para aqui porque tentei comunica-lo e pelos vistos nao consegui.

    Abracos

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  2. Olá Francisco,

    A verdade é que não tenho por hábito ir ver o e-mail que disponibilizei aqui no blog por falta de hábito e porque utilizo outro com maior frequência,(mas não estou a querer desculpar-me) e realmente verifiquei agora mesmo que tenho dois e-mails teus...fico contente com as notícias. Eu bem te dizia...ou já te esqueceste?

    Abraços

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  3. Sim, ate eram dois, mas um nao considerei porque era a picar-te a mioleira :-)


    Vanos ao Soneto entao: Gostei muito, como de tudo o que escreves, mas...

    "De que no jogo do deve e do haver
    Eu possa nesta vida entrever
    Que o saldo que me resta é luz, é paz!"

    Cuidado com o que desejas amigo. Nao te vas aborrecer depois com tanta paz :-)

    Abracos

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  4. A paz de que falo é em sentido lato...Existem muitas formas de paz, porque o conceito é subjectivo. Aquela que quero para mim seguramente não me deixaria aborrecido, antes me deixaria bem vivo:-)

    Abraços

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  5. Fernando, me banho em seus espondeus, e a infinidade de suas estrofes, com primazia colocadas como tijolo sobre tijolo a construir um palácio imaginário. Meus olhos saltam daqui de Cuiabá, Brasil, e correm campinas portuguesas só para te ler.
    Obrigado pelos presentes.

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